FAUNA

Segundo o plano de manejo realizado em 2004, o Parque apresenta ambientes como a mata de tabuleiro, fragmento florestal em extinção no Espírito Santo, restinga, dunas, ambientes estuarinos de mangues, uma extensão expressiva do rio Itaúnas e a mais representativa região de alagados do Espírito Santo. O bom estado de conservação destes variados habitats, aliado à grande diversidade de espécies vegetais, coloca a unidade como local de extrema importância para a manutenção de uma fauna riquíssima.

ANFÍBIOS

Em Itaúnas foram registradas 36 espécies de anuros (sapos, rãs e pererecas), distribuídos em cinco famílias: Bufonidae, Hylidae, Leptodactylidae, Microhylidae, Odontophrynidae e Phyllmedusidae.

A família Hylidae (pererecas) é a mais frequente, representada por 24 espécies, Leptodactylidae (rãs) por 04 espécies, Bufonidae (sapos) e Microhylidae (rãzinha) por 03 espécies cada, e Odontophrynidae (sapo-de-chifre) e Phyllmedusidae 01 espécie registrada.

Nenhuma espécie está incluída na lista da fauna ameaçada do Espírito Santo (Gasparini et al., 2007). A composição de anuros do Parque corresponde a mais de 20% das espécies listadas para o Espírito Santo (Almeida et al. 2001). Das 36 espécies, sete foram encontradas nos últimos dois anos pelos pesquisadores do projeto "Tetrápodes", da Universidade Federal do Espírito Santo.

Um dos registros é a rãzinha chiadora (Chiasmocleis carvalhoi) e o outro é o sapo-de-chifre (Proceratophrys laticeps). A rãzinha-gemedeira (Physalaemus signifer) representa o segundo registro para o Espírito Santo, sendo que o primeiro se refere a um indivíduo encontrado na região centro-serrana do estado.

GALERIAS

VÍDEOS




AVES

Em Itaúnas, o projeto "Tetrápodes" registrou 269 espécies de aves pertencentes a 58 famílias. Esta riqueza corresponde a 41% de total de espécies de aves encontradas no estado do Espírito Santo. Destacam-se as espécies saíra-sapucaia, araponga e papagaio-chauá, consideradas ameaçadas, e a rolinha (Columbina passerina), que teve seu primeiro registro para o estado.

Considerando que alguns habitats (ex. restinga aberta) estão restritos a poucas manchas dispersas na região costeira, a fauna restrita a estes ambientes pode estar mais sujeita a processos de extinção local ou regional.

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MAMÍFEROS

A lista de espécies de mamíferos encontrados no Parque Estadual de Itaúnas foi formulada a partir de registros de armadilhas fotográficas e também de pegadas, vestígios e observações.

Os pesquisadores do projeto “Tetrápodes” (Universidade Federal do Espírito Santo) verificaram a presença de 29 espécies de mamíferos de médio e grande porte (≥ 1 kg), por meio de 10 câmeras colocadas em áreas de Florestas de Tabuleiro, em restingas arbóreas ou arbustivas.


CURIOSIDADES


  Os animais mais fotografados foram a paca (Cuniculus paca), seguida do quati (Nasua nasua), gambá (Didelphis aurita) e tatu-galinha (Dasypus novemcinctus).


  Lontra (Lontra longicaudis), sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroyi), jaguarundi (Puma yagouaroundi) e gato-maracajá (Leopardus wiedii) foram fotografados apenas uma vez.


  Ouriço-cacheiro (Coendou) e capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) foram registrados apenas através de pegadas e o guigó (Callicebus sp.) apenas por vocalizações.


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RÉPTEIS

No Parque Estadual de Itaúnas foram registradas 40 espécies de répteis, sendo 35 no estudo do projeto “Tetrápodes”, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo, e 5 constatadas no Plano de Manejo do PEI (feito em 2005). A distribuição por grupo de répteis está assim representada: 2 quelônios (tartarugas), desconsiderando espécies marinhas, 1 crocodiliano, 2 anfisbênias (cobra-de-duas-cabeças), 14 lagartos e 21 serpentes.


REGISTROS EM DESTAQUE


  A presença em grande número, nas restingas e campos nativos, do lagartinho-de-Linhares (Ameivula nativo) considerado ameaçado.


  A ocorrência da cobra-dormideira (Sibynomorphus neuwiedi), até então ausente dos inventários realizados em terras capixabas ao norte do rio Doce.


  A ocorrência da falsa-cobra-coral (Oxyrhopus trigeminus), associada a ambientes abertos do interior do Brasil, em geral não habitando áreas litorâneas.


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