RELEVO

A região de Itaúnas o relevo é dividido em duas regiões distintas: o Tabuleiro Costeiro e a Planície Costeira, essa divida em três unidades, Planície Fluvial, Planície Flúvio-Marinha e Terraço Marinho.

Os Tabuleiros Costeiros recebem esta denominação em função de sua ocorrência próximo a linha da costa. Na região de Itaúnas, distribuem-se de oeste para leste, estendendo-se ainda, tanto para norte, atingindo o estado da Bahia, como para sul, e representam uma das feições mais significativas na geomorfologia local. Estes Tabuleiros não se encontram no interior do Parque Estadual de Itaúnas, mas apenas na faixa de entorno.

Os Tabuleiros apresentam um relevo que varia de plano a suave ondulado, levemente inclinado em direção ao litoral, com cotas variando em torno de 18 metros, nas partes mais baixas, junto a Planície Costeira, a aproximadamente 40 metros nas partes mais elevadas da região. Uma grande parte destes Tabuleiros Costeiros no entorno do Parque encontram-se atualmente ocupados por plantios de eucalipto.

A região das Planícies Costeiras ocupa uma grande área na porção norte estado do Espírito Santo, distribuindo-se desde o sul do rio Doce, até a região de Itaúnas, na divisa com o Estado da Bahia. Está representada pelos estuários e praias existentes próximos a linha de costa. Na região de Itaúnas, compreende o Parque de Itaúnas e seu entorno imediato, estando subdivididas em três unidades geomorfológicas distintas, que são Terraços Marinhos , Planície Fluvial e Planície Flúvio-Marinha.

Os Terraços Marinhos englobam as praias existentes na região do Parque de Itaúnas até a cidade de Conceição da Barra. A Planície Fluvial ocupa os vales dos pequenos cursos d’água e todo o vale do rio Itaúnas, a exceção das proximidades de foz, onde cede lugar a Planície Flúvio-Marinha. A Planície Flúvio-Marinha se distribui em uma estreita faixa disposta em sentido norte-sul, acompanhando o rio Itaúnas em seu baixo curso, próximo a foz artificial e a natural.

Na região de Itaúnas, a faixa de dunas está ocorre no interior do parque, desde a foz do riacho Doce, na divisa com a Bahia, até a foz do rio Itaúnas, na cidade de Conceição da Barra. Atingem as maiores alturas onde está situada a antiga vila, que foi totalmente soterrada na década de 1970. Uma das explicações para o soterramento foi a fragilização da vegetação que continha as dunas entre a vila e o mar. No entanto, alguns moradores da antiga vila atribuem o soterramento tão somente à ação de ventos mais fortes. Neste local a vegetação constitui-se da restinga arbustiva ou arbórea, solo muito arenoso e salino pobre de nutrientes, mas que auxilia para a melhor fixação da areia. Em cima das dunas é possível ver quase toda a extensão do Parque, a praia e ao final da tarde pode ser apreciar um lindo pôr do sol.